quinta-feira, 28 de abril de 2011

Casual

Segunda-feira. Noite. Uma cama de casal esplendorosa, mas apenas uma mulher nela. Eram dez da noite, já estava deitada, mas o sono fugia e os pensamentos de solidão entravam em sua mente. Rolava de uma ponta a outra, vestida de sua camisola rosa seda, e lembranças de um passado a vinham a mente. Chegou a cochilar por um instante e teve um breve sonho de que lhe acontecia algo inesquecível. O sonho foi interrompido por um forte barulho à entrada de sua enorme casa.

Ela levanta e segue o barulho. É corajosa. Foi com uma espingarda nas mãos. Sem medo, ela abre a porta. Assusta-se, não apenas por ter um homem a sua porta, mas com sua beleza inigualável. Era alto e forte, de cor bronzeada e lábios umedecidos de desejo. Ela o observa sem piscar, e ele pega em sua sinuosa cintura e a empurra levemente para dentro da casa. Ela sem hesitar o deixa, não consegue deixar de olhar seus olhos pretos como ébano, cheios de insinuações. A arma escorrega de sua mão e cai no chão. Eles nem sequer percebem.

Ele a levanta como se fosse botá-la em seu colo e ela entrelaça-o com suas pernas, carregando-a até o sofá mais próximo.

Ele a deita cuidadosamente no sofá e ela o puxa fortemente contra seu corpo. Os dois sabiam o que queriam.

Ele tira suavemente a camisola rosa seda de seu corpo, deslizando as mãos desde a coxa ao pescoço. Porém ela praticamente rasga suas roupas e arranha-o com pressão em suas costas.

O primeiro momento dos dois nus era novidade. Corpos diferentes, jamais vistos ou sentidos. A penetração era fora de questão. Os dois se olhavam por inteiros, aproveitavam a si mesmos, sem se tocar. Terminado esse momento, ela inicia o toque com um beijo no pescoço, que se estende até o abdômen, ele entendeu e ficou de joelhos. Ela começou, com movimentos de carícia com a boca e suaves, até que aumentou a velocidade. Ele a impede de continuar, já estava ficando louco, possesso de excitação. Ele a coloca em cima de seu corpo, e depois de acariciar o bumbum, quase explode. Estava na hora.

Deslizando as mãos suavemente pelas coxas, ele puxa as pernas e introduz. Nesse momento ela dá um forte suspiro, como se estivesse nas nuvens, e ele transpira. As coisas começam a esquentar com gemidos e puxões de cabelos, os dois se empolgam de prazer e fazem movimentos mais bruscos. E então ela volta pras nuvens. Tinha, pela primeira vez, um orgasmo.

Ela diz que quer trocar. Dito isso, se levanta e desfila nua em direção a lareira. Deita-se de lado num tapete de pêlos, de frente para a lareira e de costas para ele. A tentação de suas curvas era inevitável. Ele faz uma massagem. Deita-se atrás dela e a encosta em seu corpo quente. Dessa vez, ela o deixa agir. Ele puxa sua perna pra cima e penetra. Os dois de lado. O encaixe era perfeito, ele gemia de prazer, ela apenas passava sua mão contra o corpo dela, e puxava os cabelos negros por trás. Olhava o fogo da lareira, sentia-se aquecida, ele suava. Diminuíram os movimentos, a sensação da penetração estava mais profunda, ele sentira mais. Ele puxou os cabelos dela com força pra trás, aproximou a boca do ouvido e respirava fundo enquanto gemia e aumentava a força da penetração. Ela ficou louca. Os dois totalmente satisfeitos.


Ele deitou a cabeça dela em seu peito. Ela pediu mais. Ele sorriu, deixando-a bêbada de amor. Trouxe-a como criança, os pés dela em cima dos dele, andando em direção ao banheiro. Os dois riem. Deixou a água enchendo a banheira. Sentou-a na pia, e se lambuzou de seus fartos seios. Apertava-os, acariciava-os, massageava os mamilos com os dedos e os encostava a seu corpo. Com a outra mão realizava movimentos periódicos nos arredores do clitóris. Ela praticamente gritava de prazer, implorando por mais. Ele introduziu, a posição o favorecia, mas a machucou. Ela o pediu que parasse. Ele apenas brincava, então, ameaçando de introduzir, mas tirava-o rapidamente. Aquilo a surpreendeu, não espera tanta excitação.

A banheira estava cheia, ele a trouxe no colo, com o pênis já penetrando, e a deitou por cima dele na banheira. Os movimentos eram cuidadosos, havia muita água. De repente eles pararam, e se entreolharam, durante um longo tempo, se perguntando e tentando adivinhar, como duas pessoas que mal se conhecem, poderiam estar tão interligadas como agora, nessa noite.

Ela adormeceu, ele abraçou-a o quanto de tempo que ainda lhe sobrava ao lado dela... Colocou-a na cama, mas acabou acordando-a. Ele se envergou por ela vê-lo partir. Ela entendeu o que se passava ali. Ela selou a noite com um beijo árduo e cheio de paixão e disse “Obrigada” sorrindo, e voltou a dormir. Ele partiu, deixou uma rosa no travesseiro ao lado dela e uma noite inesquecível.

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